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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Lagarto-Azul: Tai Chi Chuan em Petrópolis

Lagarto-Azul: Tai Chi Chuan em Petrópolis:

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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Partida Inesperada



Partida antes da hora!

 Como expressar o sentimento de não conhecer alguém e sentir falta dela! Como perceber que de alguma forma você tem culpa, não culpa de peso na consciência somente, mas que se de alguma forma você estivesse mais intenso em sua vida, mas conectado a sua missão a história seria outra.
 De alguma forma meu coração me incomoda com o suicídio de um jovem chamado  Cristiano(esse da foto). Suicidou-se essa semana com gás de cozinha, no auge de sua juventude, acho que com 23 anos, casado, universitário, curtia um Rock de qualidade, está nesse momento num gavetão na Fabrício de Mattos.
 Cheguei atrasado ao enterro hoje, mas ele não se atrasou ao me abalar com a noticia quando a recebi, pouco foi embora ainda de minha mente. Conversando com alguns amigos o primeiro medo que nos bate, é o de que outras pessoas enveredem pelo mesmo caminho. A pergunta não cala: Por que "doido"? Por que não procurou ninguém? E por que não poderia estar lá pra chegar junto com você, mesmo sem te conhecer!
 Um amigo me disse uma frase do C.S. Lewis: "... quando um amigo morre, não morre somente ele, mas morre aquilo que ele poderia despertar em mim!...". Esse rapaz levou isso consigo. A música do Frejat faz muito sentido nessa hora : "...todo mundo é parecido quando sente dor...". E na hora da morte também.
 Escrevo esse email para externar meus sentimentos e para um recado aos amigos!
 Primeiramente percebo que preciso viver muito intensamente minha vida, e de maneira correta, que devo aproveitar ao máximo minha família, amigos e a melhor parte de mim! Que não se deve gastar tempo com bobeiras, vadiagens num extremo, religiosidade vazia em outro, que aquilo que é profundo nos relacionamentos deve ser feito, que eu devo ser fiel para  ter a sensação de papel cumprido! Lembro da frase dum Padre Ortodoxo chamado Serafim que diz assim: " Ache a Paz  no seu interior e uma multidão será salva ao teu redor!" . Hoje  percebi que preciso mais do que nunca achar essa Paz, pois o tempo que vivemos são tempos difíceis de se viver mentalmente. A maioria em depressão, a religião em crise, a sexualidade totalmente sem sentido e sofrida, terapias e 10 passos para não pirar estão presentes em todas as revistas, livros e pregações dos oradores de plantão que se pode imaginar. As cervejadas pra acalmar o estresse de nossos empregos sem sentido, as brigas por conta da falta de grana, ... etc ..... etc....
 O diagnóstico de nossos dias é que estamos sendo parasitados e não predados. A predação tem por descrição a morte imediata para alimentar o mais forte. O parasitismo é mais silencioso, não visa morte imediata, mas sim o alimento a longo prazo, o definhar gradativo. Estamos tendo vidas parasitadas, trabalhamos, beijamos na boca, estudamos, somos "felizes", tapeamos nossa vida com uma maquiagem que serve muito bem pros dias de sol, mas nos dias de chuva  e choro ela borra!
Vi que  preciso mudar alguns eixos na minha vida, deixar de ser fútil, apegados a piegas bobas com meus próximos e parar de gastar energia com  o que não devo. As pessoas dizem que o tempo devora, e estão certas, o Tempo Cronológico vem do grego, vem de Kronos, o deus que devora seus filhos com a boca, que a tudo come insaciavelmente. Mas  hoje  a ficha me caiu, percebi que nossas atitudes também pode devorar, devoram  a vida, a nossa vida, a vida de nossos amados, parentes, amigos!  pode parcer utópico mas o que meu coração realmente quer é que daqui a dez anos, eu olhe pra trás e tenha a sensação de missão cumprida, quero olhar pro futuro e saber que tenho planos baseados não nos sonhos dos outros, nas metas do mercado, da insanidade dum materialismo sugador, mas de ter minhas metas inspiradas em bondade não ingênua, mas sábia, pragmática, com a ajuda do Conselheiro Mor. E por fim quero viver meu presente de maneira sóbria, saber o que estou fazendo, Feliz, sabendo que o sofrimento não é algo a ser abolido, mas talvez é o único companheiro além de Deus que realmente nos acompanha por essa nossa vida! Finalizo com o sambinha triste:
Tristeza não tem fim felicidade sim!


Maicon Fecher

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Meu gato morreu!


Meu Gato morreu

Hoje infelizmente meu gato morreu, ohhhhh.Talvez é o que todo mundo pensa, sempre achei meio "sentimentalóide" quando via pessoas chorando por seus animais por mais vidrado que eu seja nos mesmos(amo bicho!). Mas quando acontece com agente é diferente, meu gato era excepcional, tinha 19 anos de idade, está comigo desde minha infância, passou comigo pela drástica separação da família, pela drástica reconstituição da minha 2° família, pelo casamento de minha irmã, pelo nascimento dos meus sobrinhos, pelo meu envolvimento e recuperação das drogas, pelo meu mergulho na tradição cristã!
 Quando o olhava, não via um animal irracional, ou tão pouco meu bichinho de pelúcia automático, via nele um insight, de que aquele ser passou por tudo aquilo, tudo aquilo que me moldou, melhorando-me e piorando-me, sem nenhum gasto sentimental como os meus. Obvio Maicon! Ele tem um cérebro pequenino, diferente do ser humano, mas mesmo assim(não quero entrar no detalhe se ele tinha consciência ou não) acho que ele passou por tudo, viu tudo do mundo dele. Percebi nisso uma coisa, ele é outro ser, outra "entidade", nesse momento, pensei em Deus, Deus é outra coisa também, não sei o que ele é, a própria religião insiste em catalogá-lo, mas ele é totalmente fora de mim, tem outro olhar, outro "cérebro", perto dele eu que sou o gato!
 Protestantes possuem a péssima mania de ser iconoclastas com tudo, acham que perambular no pensamento em imaginar que meu gato poderia se encarnar em algo ou alguém seria um absurdo, também nossa tradição possui outras perspectivas, mas sabe, fiquei a pensar que um animal com manifestações tão carinhosas e autênticas nesses dezenove anos não mereceria desaparecer como muitos falam e virar nada! Acho que deve haver continuidade, minha alma (pode dizer que apego ou idolatria) diz lá no fundo: Eu quero te reencontrar em algum lugar! Se sinto isso de "um bicho", imagina da minha querida Avó que marcou tanto minha vida e que partiu á tanto tempo! E no futuro, minha mãe, esposa, etc? Penso hoje  na morte. As últimas tentativas dos ATPs resistirem a paralisação, procurando desesperadamente um local para transmitir sua carga energética, a entropia chegando e tomando conta do lugar, passo a passo no seu processo  de tomar posse do que é seu! Além da bioquímica penso que a morte me evoca laços sentimentais, que precisam transcender o que é matéria! Insights me encucam o cabeção, coisas que vão além do fato do pobre do gato que morreu de velho! Penso que, se são laços, então, devem estar além das moléculas, o sexo deve estar então além da vagina e do pênis, tem que  penetrar na alma, o amor : carteira, casa, carro e roupa lavada, mas tem que ter caminhada, aliança de coração, fidelidade! O dim dim ahhh esse tem que transcender o papel moeda e embaçar no nobre conselho de Cristo: Granjeai amigos com as riquezas das iniquidades, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos, Lucas 15-1 ao 13. A grana meus amigos deve ser nosso marionete e não ao contrário.  Investimento, visão de futuro, estabilidade devem ser conceitos que devem abarcar o ser humano, o amigo, devemos dar a roupa ao pobre não só quando fica velha! Devemos talvez já investir no coitado pra que não fique pobre, ou que compremos uma "ropicha" quando possível!
 Os fundamentos que nos movem, teóricamente, deveriam transcender nossa realidade física! A realidade física não é um pólo oposto a realidade subjetiva/abstrata/interior, na verdade se trata de uma relação de propriedade emergente. Assim como conceituamos o pobre do gato coma pertencente a Família: dos felinos e da  Espécie: vira-lata, a realidade se desenrola na mesma propriedade emergente e não em pólos dentro/fora, mas tão pouco são uma coisa só, como denota a relação  emergente! Com isso acho que o conceito muda, como professor Luiz Gonzaga afirma: existe uma distância entre interno e externo, entre ideologia e trabalho prático, entre sonho e realidade. Esse é nosso desafio, como uma espécie em estado de mutação trilhando um caminho que ninguém trilhou, pra um destino que pode se chamar de:  ? .  Convertendo radiações ultravioletras em modificações físicas da base do DNA vamos mudando a morfologia, fisiologia, comportamento, anatômia e ai sai o novo bicho mutante, inédito! Esse caminho, esse  re-fundar, talvez passe pela experiência como a de um caçador, abrir a mata no peito e na raça, buscar a profundidade a seco ou a molhado, a resposta está mais na insistência do que na orientação(essa que se torna logo atrasada diante das atualizações dos "software" da realidade, mas também tem seu enorme valor). Até na morte, a JUJU (minha falecida gatinha, da Espécie vira-lata, da Familia dos felinos), me faz bem, me faz pensar e ver que minha "pequenes" revela o verdadeiro sistema oculto que sou, e que Deus se trata não somente de um solucionador de problemas pessoais ou agenciador de empregos, mas uma cara da moeda que eu nunca vi e que preciso descobrir pra me sentir mais pleno! Nesse sentido  entendo a frase biblíca que diz que no esconderijo do altíssimo, na sombra do Onipotente encontro descanso!

Um abraço a todos, e boa semana!

                                                                     Maicon Fecher

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

UM CAMINHO DE QUALIDADE DE VIDA


Meditação Zhan Zhang


Proveniente da China, o Taijiquan (Tai Chi Chuan) é uma arte que promove o cultivo de saúde, equilíbrio e paz. O praticante, gradativamente, desenvolve o autoconhecimento a partir da percepção do seu corpo e das vitalidades que o envolve. Na prática, a filosofia do Tai Ji (harmonia do movimento entre o Yin e o Yang) expressa-se corporalmente na unidade entre  a forma (coreografia e postura correta), a intenção (mente ou espírito) e a respiração. Gerando assim um efeito profilático resultante da integração entre exercícios moderados, meditação e marcialidade. Por isso, a manutenção e a promoção da qualidade de vida têm destaque pelos que buscam esta arte, também chamada: "Técnica da Longevidade".

Simples chicote


            O Taijiquan, como atividade física, atua principalmente nos tendões e nas articulações, tornando o indivíduo menos propenso a um conjunto de doenças. A atividade constante com a respiração, por sua vez, atua no sistema circulatório, respiratório e digestivo, melhorando e fortalecendo a atividade desses órgãos.
O espírito alerta, disposição física e mental, capacidade de concentração são benefícios desenvolvidos pela prática regular do Taijiquan. No aspecto psicológico[1], o Taijiquan atua restabelecendo o equilíbrio emocional, minimizando a ação de agentes estressantes do organismo, podendo se caracterizar como uma ferramenta que auxilia a pessoa na sua adaptação ao contexto em que está inserido, pois ao possibilitar o conhecimento de si em relação às realidades que o cercam, tem-se elementos para o desenvolvimento de posturas comportamentais.
Todos os elementos supracitados fazem do Taijiquan um caminho de cultivo da qualidade de vida. Desde sua origem, o Taijiquan apresenta em sua identidade uma milenar herança cultural sobre a importância da prevenção como garantia de um bem-estar. Essa característica pode ser percebida como uma estratégia no texto a seguir:

"O ideal de curar uma doença antes de ela ter início era o principal preocupação presente no tratado de Sun Tzu sobre a guerra, que data mais ou menos dois mil anos atrás. Esse ideal revela afinidades com o ideal do Tai Chi, qual seja, o de não opor a força, de não dar azo a um conflito, mas curá-lo desde o início.[2]"
           
            

                                                                                                          Luciano E. P.de Vasconcellos
                                                                                                           Instrutor de Taijiquan Chen 


[1]  KIYAN, Lucia , Tai chi chuan na psicologia, in: http://www.sbtcc.org.br/ar-psicologia.php
[2] CROMPTON, Paul - O Livro Básico do Tai Chi - São Paulo, Pensamento,1994. p 112.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

I want you, my little sheep!




Me pediram para escrever um texto sobre a influência americana na fé Protestante, algumas linhas abaixo mostram minha opinião!



I want you, my little sheep!





  Amigos e irmãos de fé e tradição, gostaria de  descrever coisas sobre os United States, é muito pouco, mas gostaria! Nunca pisei nessa terra tão diversa e cheia de maravilhas mal aproveitadas por seus dirigentes. Alguns colegas moram lá, mas tampouco são os melhores informantes. Confesso que boa parte do nosso clero mama nas tetas das vacas de lá, em sua teologia geográfica-cartesiana da espiritualidade, mas tão pouco consigo realmente ver o que os EUA são de verdade. O aspecto mais sóbrio que poderia descrever das consequências de sua influência são os enlatados que chegam aos bastidores de nossa religião! Para dizer o que chega em nossa alfandêga,  prefiro começar pelo que não chega por aqui. Não chegam últimamente notícias e conteúdos de pessoas com o calibre de: Luther King, Cornell West, Abraham Joshua Heschel, Phillip Yancey, Henry David Thoreau e tantos outros mestre americanos ou naturalizados lá. Mas voltando as nossas importações, recorro a banda  de punk rock e atéia, Bad Religion  que descreveu tão bem em uma música esse intercâmbio EUA-Humanidade,ou melhor no nosso microcosmo, EUA-Igreja Sul Americana, esse será o meu parecer sobre a pergunta: Será nosso Jesus de hoje pregado, seja na televisão ou pelos missionarios de fora o Cristo de Nazaré ou outro jesus? Mesmo em épocas de Barack Obama e companhia a antiga música encaixa como uma peça desse quebra cabeça religioso:




Jesus Americano

Eu não preciso ser um cidadão global
Porque sou abençoado pela nacionalidade
Sou membro de uma população crescente
Nós reforçamos nossa popularidade
Há as coisas que parecem nos puxar abaixo
E há as coisas que nos arrastam para baixo
Mas há um poder e uma presença vital
Espreitando tudo a sua volta

Nós temos o Jesus Americano
Veja-o na interestadual
Nós temos o Jesus Americano
Ele ajudou a construir a propriedade do presidente

Eu sinto pela população da terra.
Porque poucos vivem no EUA
Pelo menos os estrangeiros podem copiar nossa moral
Ele podem visitar, mas não podem ficar
Somente alguns preciosos podem ter a prosperidade
Isso nos faz seguir com confiança renovada
Temos um lugar para ir quando morrermos
E o arquiteto mora bem aqui

Nós temos o Jesus Americano
Suportando a fé nacional
Nós temos o Jesus Americano
Oprimindo milhões por dia

Ele é os campos estéreis dos fazendeiros (em Deus)
A força, o comando do exército (nós confiamos)
A expressão nos rostos (porque)
Dos milhões de famintos (ele é um de nós)

O poder dos homens (Rompendo)
É o combustível que move o clã (cavando)
É a força motriz e consciência (nós podemos)
Do assassino (recolher nossos pecados)

Ele é o pregador na TV (coração forte)
A falsa sinceridade (tão alto)
Ele forma da letra que foi escrita (de um infinito)
Pelos grandes computadores (jeito)

As bombas nucleares (você perde)
E as crianças sem mães (nós ganhamos)
E sou tememte a isto (ele é)
Ele está dentro de mim (nosso campeão)

Nós temos o Jesus Americano
Veja-o na interestadual
Nós temos o Jesus Americano
Exercendo sua autoridade
Nós temos o Jesus Americano
Suportando a fé nacional
Nós temos o Jesus Americano
Oprimindo milhões por dia

(yeah!)
Uma nação sob Deus...
Uma nação sob Deus...(*)

 

  Para complementar, assim como é dificil retirar a craca de um navio velho, ou ainda comer um peixe com muita "espinha", é o jeito de nós cristão protestantes nos portarmos diante dessas dificuldades e chuvas de importações de visões de mundo, interpretações bíblicas, cultura, etc que confundem Poder Humano com Graça Divina. Resumindo, é somente lembrarmos como somos rotulados: Protestantes, protestemos pois por uma espiritualidade e busca autêntica, nascida no solo do nosso coração, regada pela Experência e não mudas plantadas por esses agricultores de organismo genéticamente modificados! Cristo a muito tempo já havia separado a noção de poder do homem e poder de Deus em sua frase mal interpretada " ...dai a Cesar o que é de Cesar e dai a Deus o que é de Deus..."(*). Cristo não disse isso baseado em nossa noção pós-ditadura de "civismo serviçal apático", mas pelo contrário, fez um declaração muito irônica, a la judaica, para contradizer a mentalidade da época que Cesar era Deus, ele concertou a noção, Cezar tem poder, mas não significa que isso seja de Deus ou o agrade!

Maicon Fecher


* Trecho do livro de Marcos capítulo 12, versículos de 13 á 17.

terça-feira, 12 de julho de 2011

VENHA PRATICAR O TAIJIQUAN - Chen



       As aulas (prática integral) de Tai Chi Chuan no Terra Santa serão distribuídas em meditação, práticas corporais e estudo de aplicação marcial. A inscrição será efetuada pela opção da pratica parcial da meditação ou prática integral.

VALORES:

1 – PRÁTICA INTEGRAL

      1x POR SEMANA ...... R$ 30,00 --- 1h30min de aula
      2x POR SEMANA ...... R$ 50,00          "
      3x POR SEMANA ...... R$ 75,00          "


2 – MEDITAÇÃO INICIAL

      1x POR SEMANA ...... R$ 25,00  ---  25min
      2x POR SEMANA ...... R$ 35,00           "
      3x POR SEMANA ...... R$ 45,00           "


Att,

Luciano Vasconcellos.

sábado, 9 de julho de 2011

Tai Chi supera danos cognitivos da quimioterapia

Tai Chi supera danos cognitivos da quimioterapia: "Os pacientes que se submetem à quimioterapia não sofrem apenas enjoos e queda de cabelos como efeitos colaterais negativos. O Tai Chi Chuan pode reverter os danos cognitivos."

terça-feira, 26 de abril de 2011

Pêssego



Claves de Sol, tons de amor: Registros no coração
Gosto de beijo, sentir o sabor dos frutos de pessegueiros
Formas e cor à luz do sol, cheiro em água na boca
Desejo enfim, o paladar em doces mordidas pro saciar
Vento no rosto, calor de corpos
Poema de encontro, a dois o presente:
Um "que" do que basta, o querer desse estar.

Nada mais do fazer, a não ser
Cultivar e colher, depois comer
Sentir que veio sem perguntar
Tão bom de deliciar.
É tão bom saborear
Bom é te degustar.

Gestos e sentidos em sutilezas
Nesse presente agora, antes e depois
É só alma a sorrir.
Aglutinando o tempo
Na delicadeza de um momento
Muito mais que isso...
Essa força interage eu e você
Perfeição em sabor.


                                                                       (Vasconcellos, L. E. P.)

domingo, 24 de abril de 2011

Sobre a Páscoa


      A Páscoa  é um  termo que vem do  hebraico, Pessach no original, que significa  em termos gerais, “uma passagem” que em muitas religiões antigas do oriente médio significava  a passagem das estações onde eram feitas grandes oferendas aos deuses, seja para comemorar os frutos colhidos ou para acalmar a ira deles nos anos menos generosos. A tradição judaica, alega que seus ancestrais  judeus que viveram a muito tempo, foram escravos no Egito, a Pessach   dos judeus foi comemorada de outra forma,  ao invés de comemorar olhando para o abstrato,  para as divindades de temperamentos inconstantes,  a sentiram em sua carne! Quando sua fé os fez decidir pela liberdade, tomar a frente da rédea e ter independência, graças ao socorro de D’us. A famosa história de Moisés no Egito, as  pragas  e a liberdade da escravidão, são um arquétipo da passagem de uma difícil situação de escravidão para uma difícil situação de liberdade, e a vida acaba sendo assim muitas vezes. 
      Com a Pessach  ao fundo, a tradição Cristã prega que um homem muito importante, quase um enigma, também falou de liberdade á 2000 mil anos e a viveu profundamente. Esse homem decidiu passar realmente para outro nível de vivência, outros valores, outra visão de mundo. Diferente dos nossos instintos mais caseiros, muito além da religião na maioria das vezes ineficaz para alma. Isso o acabou levando a conseqüências muitos graves, uns dizem que ele foi morto, outros dizem que ele se entregou de bom grado. Acredito nos dois.  Nos dias de hoje muitos se focam  nos chocolates e na continuação da história que culminou com a Ressurreição de Cristo. Eu particularmente prefiro me focar nos chocolates e no momento antes da morte.
     Foco nisso, pois, o Jesus que viveu, chama a atenção de todos os homens, dos ateus, socialistas, capitalistas, bêbados, padres, pai de santo, todos o admiram como pessoa, os próprios judeus dizem que foi um dos maiores mestres.  Ele antes da morte é Um Ser mais Universal, Cristo pós-morte é mais para os cristãos e sempre causou muitos problemas teológicos, pessoas se apossaram de sua presença e imagem, a Igreja e suas inúmeras atrocidades passadas em nome de Cristo além de sua atual fome por dinheiro sob a benção do senhor Jesus se iguala as grandes empresas dos nossos dias  e distorcem o que era inteiramente reto. Mas o Cristo antes da morte, continua  encantando a muitos, não só com seu amor utópico, mas com um peso de vida que foi incomum.
    O sentido profundo que a Páscoa revela  é que uma prisão difícil deve ser substituída por uma  difícil liberdade.  A liberdade hoje é confundida com libertinagem e orgias  experiências em  suas inúmeras esferas sensoriais, o  afeto, o sentidos, etc. A liberdade é sinônimo de mergulho,  de verticalidade, tem um sentido de mergulhar fundo em algo que é constante, mas não é dominado nem é criado. A liberdade contemporânea pregada por ai, na verdade não é liberdade, não digo isso temendo que com a exaltação da liberdade muitos “pirem  o cabeção”. Mas digo por que realmente são conceitos diferentes habitando numa mesma palavra. A liberdade de hoje não é verticalidade e sim horizontalidade, que é   busca por experiências sensoriais, mentais, etc. è querer experimentar aquilo que dessa” Terra pode  brotar”, isso não é necessariamente ruim, mas não é liberdade é horizontalidade a Liberdade não quer o que brota da Terra e sim o que faz a Terra brotar, o que está no imanente.  No cristianismo devemos ter os dois  vetores: verticalidade e horizontalidade, mas a Páscoa nos revela o profundo significado da Verticalidade, do mergulho, do além que construímos, além de nossas proteção e imagens mentais que nos dão um terreno a pisar.
  Com isso desejo boa passagem a todos, Boa Pessach ,para que a Verticalidade  completar a Horizontalidade.
                                                                                (Maicon Fecher)

terça-feira, 15 de março de 2011

Traição Simbiótica

Fiquei a pensar nestes dias sobre os perigos da expansão de nossas consciências, delas não serem expansões inclusivas! Como assim Maicon? Muitas vezes valorizamos mais o ensinamento do que as situações. É fácil para um jovem empolgado com uma religião por exemplo criticar todos os jovens não-religiosos, é facil ele somente ser mensageiro de coisas e não uma pessoa que encarne o momento que vive com seus colegas ainda que traia seus conteúdos. É fácil também ele se deter no "imperativo situacional" e não expandir-se além do mesmo. Somos viciados em fundir o nosso mundo em expansão com nossa história pessoal, a nossa tribo, nossa estética!

É fácil a um burguês dizer que um pobre é desorganizado, que não se trata de um bom cônscio de si.

É fácil um pobre se dirigir ao um burguês já como símbolo de explorador!

É fácil sairmos de nossas aulas de sociologia e história tão ricas, e nos depararmos com um mundo em "involução" nas nossas casas ou com gente que não sabe quem é Joaquim Nabuco e ficarmos doidos querendo ser os novos missionários libertários mentais da gente ignorante.

Acredito que foi o mesmo sentimento que houve nos europeus ao chegarem aqui no Brasil e olharem os índios. Nâo só a questão da superiodade estava em jogo, mas havia um processo por traz dela, uma complexidade construída no pensamento europeu, que os permitia ter uma certa harmônia com seu próprio mundo produzido e que gerava frutos particulares e com cores próprias desse povo que os nativos não tinham, como caravelas, ouro, palácios, roupas, estudos, faculdades, cadeiras, garrafa, barril, vinho, espelho, Cristianismo, etc e que os faziam ter o sentimento de superioridade. Eles sabiam mexer na realidade de uma forma peculiar, ainda que errada mas peculiar, com isso caíram num estado perigoso que resumi num pensamento: Pior do que a soberba de gente que não tem nada, é a soberda de gente que tem alguma coisa!

Sempre olhamos os índios como seres míticos que tinham total inteireza com a terra que viviam. Será? Será que nessas culturas também havia fomento cultural ou estavam estagnadas? Se estavam em fomento os europeus erraram, mas se estavam estagnadas, concordam que eles poderiam ter tido o mesmo comportamento de quem está expandindo seus horizonte ou os já expandiu de maneira não inclusiva? Lembro de um salmo que diz assim: "...Os homens são mentirosos, não os siga, ainda que o que façam dê certo, não acredite neles, pois eu sou Teu Deus!...". Que lindo existem parâmetros além das nossas contruções!

Vejo que as pessoas se irritam com o que é estagnado. Por exemplo, jovens descompromissados com a política. Apelamos mais pra nossas crítica que eles não são militantes do que pensar que talvez não estamos tendo conteúdo e linguagem o suficiente para penetrar no seu mundo , percebê-lo, encarnar a vida com ele. Mas veja, os dois sentimentos estão certos, somente os pesos das balanças estão errados, nos focamos sempre em um lado mais que o outro.

Li num blog a seguinte frase "... Stephen Roberts disse certa vez: “Eu proponho a idéia de que todos somos ateus, mas eu acredito em um Deus a menos do que você. Quando você entender por que motivo não crê nos inúmeros outros deuses além do seu, entenderá por que eu não creio nele também”. É fácil para um judeu não crer em Cristo, para um cristão não crer em Alá, e assim por diante..." é facil querer remodelar e corrigir quando o cálo em que pisamos não é o nosso. Gilberto Freyre disse que ao escrever o livro Casa Grande e Senzala poderia ser comparado com um dentista operando o próprio dente!

Por mais sofiscada e legítima que seja nossos conteúdos e educação temos que ter existência com quem não tem nada ou que tem diferente. Encarnar! Ser simbiótico com as pessoas é diferente do que ser seu mestre. As vezes devemos trair nossos mestres, tradição, nosso ideal em nome da simbiose da compaixão, do companherismo, do contato profundo.

Vivi uma situação simples e interessante, estive em Itaipava no Carnaval com minha namorada! Lá estavamos no Shopping Estação lotado de gente da classe alta da cidade e do Rio de janeiro, lá estava eu olhando aquele lugar com a lembrada que a 10km dali muitas pessoas estão casa, muitos sem seus parentes. Minha namorada estava com fome, mas me recusei por um instante comer ali, como um ato de protesto pessoal contra a acumulação de renda desenfreada, a divisão de espaços sociais, exploração de trabalho naquelas lojas. Mas por um instante parei e pensei: Ela está com fome! Parei e fui, comi avontade. O próximo não é só pobre, o próximo é a bola da vez também! É mais fácil nos determos na estética e legítima lutas das classes e criamos uma máscara da segurança de ter uma posição a defender e nos esconder de quem as vezes está do nosso lado e precisa de um ombro, não gostamos de coisas que toquem nossos nervos!

Precisamos muito ajudar, mas precisamos muito ter Contatos Profundos um com outro, para muitos ajuda se transformou em consultoria, Deus em religião e personagem de literatura exótica, a experiência- assunto catalogado nos livros antigos, a intelectualidade virou moeda no mercado capital, não se compartilham mais porque estão tão empenhados na expansão que esquecem o seu propósito principal, dar paz e " contatos profundos " as pessoas.

Hojé é perigoso. Na era da expansão do pensamento, onde os pesos da balaça estão num prato só, esquecemos da expansão da Experiência, da Vida, uqe não é uma corporação nem funciona nas mesmas regras, esquecemos o Tempo, hoje passamos tempo longe da familia porque temos que estudar, longe dos alunos que temos que pesquisar, longe de transcendente porque temos que trabalhar e traduzi-lo e assim por diante, ficamos num gerundio sem sentido, sem direção e sem borda, sem onde tocar! Nessa hora me vem o sentimento de encerrar esse texto, deixar meus livros e trabalhos de lado e ir conversar com minha Mãe no sofá e nos mergulharmos!

Maicon Fecher