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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Meu gato morreu!


Meu Gato morreu

Hoje infelizmente meu gato morreu, ohhhhh.Talvez é o que todo mundo pensa, sempre achei meio "sentimentalóide" quando via pessoas chorando por seus animais por mais vidrado que eu seja nos mesmos(amo bicho!). Mas quando acontece com agente é diferente, meu gato era excepcional, tinha 19 anos de idade, está comigo desde minha infância, passou comigo pela drástica separação da família, pela drástica reconstituição da minha 2° família, pelo casamento de minha irmã, pelo nascimento dos meus sobrinhos, pelo meu envolvimento e recuperação das drogas, pelo meu mergulho na tradição cristã!
 Quando o olhava, não via um animal irracional, ou tão pouco meu bichinho de pelúcia automático, via nele um insight, de que aquele ser passou por tudo aquilo, tudo aquilo que me moldou, melhorando-me e piorando-me, sem nenhum gasto sentimental como os meus. Obvio Maicon! Ele tem um cérebro pequenino, diferente do ser humano, mas mesmo assim(não quero entrar no detalhe se ele tinha consciência ou não) acho que ele passou por tudo, viu tudo do mundo dele. Percebi nisso uma coisa, ele é outro ser, outra "entidade", nesse momento, pensei em Deus, Deus é outra coisa também, não sei o que ele é, a própria religião insiste em catalogá-lo, mas ele é totalmente fora de mim, tem outro olhar, outro "cérebro", perto dele eu que sou o gato!
 Protestantes possuem a péssima mania de ser iconoclastas com tudo, acham que perambular no pensamento em imaginar que meu gato poderia se encarnar em algo ou alguém seria um absurdo, também nossa tradição possui outras perspectivas, mas sabe, fiquei a pensar que um animal com manifestações tão carinhosas e autênticas nesses dezenove anos não mereceria desaparecer como muitos falam e virar nada! Acho que deve haver continuidade, minha alma (pode dizer que apego ou idolatria) diz lá no fundo: Eu quero te reencontrar em algum lugar! Se sinto isso de "um bicho", imagina da minha querida Avó que marcou tanto minha vida e que partiu á tanto tempo! E no futuro, minha mãe, esposa, etc? Penso hoje  na morte. As últimas tentativas dos ATPs resistirem a paralisação, procurando desesperadamente um local para transmitir sua carga energética, a entropia chegando e tomando conta do lugar, passo a passo no seu processo  de tomar posse do que é seu! Além da bioquímica penso que a morte me evoca laços sentimentais, que precisam transcender o que é matéria! Insights me encucam o cabeção, coisas que vão além do fato do pobre do gato que morreu de velho! Penso que, se são laços, então, devem estar além das moléculas, o sexo deve estar então além da vagina e do pênis, tem que  penetrar na alma, o amor : carteira, casa, carro e roupa lavada, mas tem que ter caminhada, aliança de coração, fidelidade! O dim dim ahhh esse tem que transcender o papel moeda e embaçar no nobre conselho de Cristo: Granjeai amigos com as riquezas das iniquidades, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos, Lucas 15-1 ao 13. A grana meus amigos deve ser nosso marionete e não ao contrário.  Investimento, visão de futuro, estabilidade devem ser conceitos que devem abarcar o ser humano, o amigo, devemos dar a roupa ao pobre não só quando fica velha! Devemos talvez já investir no coitado pra que não fique pobre, ou que compremos uma "ropicha" quando possível!
 Os fundamentos que nos movem, teóricamente, deveriam transcender nossa realidade física! A realidade física não é um pólo oposto a realidade subjetiva/abstrata/interior, na verdade se trata de uma relação de propriedade emergente. Assim como conceituamos o pobre do gato coma pertencente a Família: dos felinos e da  Espécie: vira-lata, a realidade se desenrola na mesma propriedade emergente e não em pólos dentro/fora, mas tão pouco são uma coisa só, como denota a relação  emergente! Com isso acho que o conceito muda, como professor Luiz Gonzaga afirma: existe uma distância entre interno e externo, entre ideologia e trabalho prático, entre sonho e realidade. Esse é nosso desafio, como uma espécie em estado de mutação trilhando um caminho que ninguém trilhou, pra um destino que pode se chamar de:  ? .  Convertendo radiações ultravioletras em modificações físicas da base do DNA vamos mudando a morfologia, fisiologia, comportamento, anatômia e ai sai o novo bicho mutante, inédito! Esse caminho, esse  re-fundar, talvez passe pela experiência como a de um caçador, abrir a mata no peito e na raça, buscar a profundidade a seco ou a molhado, a resposta está mais na insistência do que na orientação(essa que se torna logo atrasada diante das atualizações dos "software" da realidade, mas também tem seu enorme valor). Até na morte, a JUJU (minha falecida gatinha, da Espécie vira-lata, da Familia dos felinos), me faz bem, me faz pensar e ver que minha "pequenes" revela o verdadeiro sistema oculto que sou, e que Deus se trata não somente de um solucionador de problemas pessoais ou agenciador de empregos, mas uma cara da moeda que eu nunca vi e que preciso descobrir pra me sentir mais pleno! Nesse sentido  entendo a frase biblíca que diz que no esconderijo do altíssimo, na sombra do Onipotente encontro descanso!

Um abraço a todos, e boa semana!

                                                                     Maicon Fecher

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

UM CAMINHO DE QUALIDADE DE VIDA


Meditação Zhan Zhang


Proveniente da China, o Taijiquan (Tai Chi Chuan) é uma arte que promove o cultivo de saúde, equilíbrio e paz. O praticante, gradativamente, desenvolve o autoconhecimento a partir da percepção do seu corpo e das vitalidades que o envolve. Na prática, a filosofia do Tai Ji (harmonia do movimento entre o Yin e o Yang) expressa-se corporalmente na unidade entre  a forma (coreografia e postura correta), a intenção (mente ou espírito) e a respiração. Gerando assim um efeito profilático resultante da integração entre exercícios moderados, meditação e marcialidade. Por isso, a manutenção e a promoção da qualidade de vida têm destaque pelos que buscam esta arte, também chamada: "Técnica da Longevidade".

Simples chicote


            O Taijiquan, como atividade física, atua principalmente nos tendões e nas articulações, tornando o indivíduo menos propenso a um conjunto de doenças. A atividade constante com a respiração, por sua vez, atua no sistema circulatório, respiratório e digestivo, melhorando e fortalecendo a atividade desses órgãos.
O espírito alerta, disposição física e mental, capacidade de concentração são benefícios desenvolvidos pela prática regular do Taijiquan. No aspecto psicológico[1], o Taijiquan atua restabelecendo o equilíbrio emocional, minimizando a ação de agentes estressantes do organismo, podendo se caracterizar como uma ferramenta que auxilia a pessoa na sua adaptação ao contexto em que está inserido, pois ao possibilitar o conhecimento de si em relação às realidades que o cercam, tem-se elementos para o desenvolvimento de posturas comportamentais.
Todos os elementos supracitados fazem do Taijiquan um caminho de cultivo da qualidade de vida. Desde sua origem, o Taijiquan apresenta em sua identidade uma milenar herança cultural sobre a importância da prevenção como garantia de um bem-estar. Essa característica pode ser percebida como uma estratégia no texto a seguir:

"O ideal de curar uma doença antes de ela ter início era o principal preocupação presente no tratado de Sun Tzu sobre a guerra, que data mais ou menos dois mil anos atrás. Esse ideal revela afinidades com o ideal do Tai Chi, qual seja, o de não opor a força, de não dar azo a um conflito, mas curá-lo desde o início.[2]"
           
            

                                                                                                          Luciano E. P.de Vasconcellos
                                                                                                           Instrutor de Taijiquan Chen 


[1]  KIYAN, Lucia , Tai chi chuan na psicologia, in: http://www.sbtcc.org.br/ar-psicologia.php
[2] CROMPTON, Paul - O Livro Básico do Tai Chi - São Paulo, Pensamento,1994. p 112.