Há uma certa repetição no discurso de várias pessoas de destaque sobre uma suposta evolução do espírito humano, uns dizem que apesar dos avanços tecnológicos, espiritualmente temos muito para caminhar... Há uma certa certeza no patamar de um consenso que parece generalizado, onde seríamos espíritos destinados a uma longa jornada para uma evolução tão sonhada e querida. Mas será mesmo que somos inferiores ou superiores? Será que temos que assumir algum projeto pré-determinado ou desconhecido para alcançarmos nossas projeções acerca de nossos ideais de bem? Será que não podemos nos equivocar nessa jornada onde apegados a nossas crenças e experiências pessoais tendem internamente serem elegidas como fonte de verdades? Sentimentos de vanguarda de certo modo não geram suas elites e preconceitos? O cuidado é precioso ou não? Seria esta uma atitude apta a todos e parâmetro de liberdade e educação?
Convém lembrar que adoramos ter alguma justificativa para as questões da vida e para além dela, também queremos ser senhores do bem e do mal a ponto de até inventá-los. E de novo aparece aquele sutiu e eterno conflito das ações e do que se espera da relações entre o indivíduo e a coletividade. Parece que, no para todos (os sensos em comum na coletividade) sempre entra num desarranjo com o para mim (no senso da individualidade). Insatisfeitos, as máximas começam: fulano precisa ter mais atenção, fulano precisa fazer isso ou aquilo, precisa se converter, não está de acordo... Fórmulas de humanização sob projeção do desejo de um humano superior são vomitadas aos quatro cantos, como se isto fosse exclusividade para alguns ditos mais evoluidos, e nesse processo o próprio senso de solidariedade acaba sendo uma manifestação egoística ou com ar de superioridade. Apesar de parecer contraditório é um possível da condição humana. Sim, essa sim, pode ser o centro para uma reflexão em torno de nossas insatisfações e projeções.
Pensar em uma humanidade mais "evoluída" seja entrar num campo contra corrente, onde alguns ideais precisem sofrer algumas inversões.
O todo da vida talvez deva ser mais que entendido, vivido como dádiva e não sob a tutela de dívidas em relação de passado, presente ou futuro.
Convém lembrar que adoramos ter alguma justificativa para as questões da vida e para além dela, também queremos ser senhores do bem e do mal a ponto de até inventá-los. E de novo aparece aquele sutiu e eterno conflito das ações e do que se espera da relações entre o indivíduo e a coletividade. Parece que, no para todos (os sensos em comum na coletividade) sempre entra num desarranjo com o para mim (no senso da individualidade). Insatisfeitos, as máximas começam: fulano precisa ter mais atenção, fulano precisa fazer isso ou aquilo, precisa se converter, não está de acordo... Fórmulas de humanização sob projeção do desejo de um humano superior são vomitadas aos quatro cantos, como se isto fosse exclusividade para alguns ditos mais evoluidos, e nesse processo o próprio senso de solidariedade acaba sendo uma manifestação egoística ou com ar de superioridade. Apesar de parecer contraditório é um possível da condição humana. Sim, essa sim, pode ser o centro para uma reflexão em torno de nossas insatisfações e projeções.
Pensar em uma humanidade mais "evoluída" seja entrar num campo contra corrente, onde alguns ideais precisem sofrer algumas inversões.
O todo da vida talvez deva ser mais que entendido, vivido como dádiva e não sob a tutela de dívidas em relação de passado, presente ou futuro.